Cerca de 250 postos vão oferecer gratuitamente a
dose para cães e gatos. Para ter direito, é preciso levar a caderneta de
vacinação do animal
MARYNA LACERDA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA (21/11/17)
A vacinação antirrábica de cães e gatos da área urbana será concentrada
no sábado (25) no Distrito Federal. No Dia D da campanha,
cerca de 250 postos da Secretaria de Saúde oferecerão gratuitamente a dose da
vacina.
Os locais serão divulgados no site da pasta. Pelo menos 1,2 mil
servidores e colaboradores vão trabalhar na mobilização. Para participar, é
necessário apresentar a carteira de vacinação do animal.
Devido à aglomeração de bichos nos postos nesse dia — o que pode causar
brigas e acidentes —, a secretaria orienta os adultos a não entregarem para
crianças a responsabilidade da condução de raças de grande porte.
No caso de cachorros, recomenda-se levá-los presos a uma coleira e guia.
Se forem agressivos, têm de estar com focinheira ou mordaça.
Já os gatos, se possível, devem ser colocados em uma caixa de transporte
ou um saco de linhagem ou estopa.
A meta de vacinação de cães no DF é de 246.735 aplicações. Já a de
gatos, de 24.674, de acordo com a Secretaria de Saúde. Aqueles que estiverem na
primeira dose precisam receber uma outra de reforço após 30 dias.
Chamamento para entidades parceiras está previsto para janeiro de 2018
A partir deste ano, a pasta vai começar o processo de mudança da
estratégia de vacinação. A ideia é cadastrar, até abril de 2018, cem clínicas e
instituições de ensino para aplicar as doses de forma descentralizada. Assim, a
rede privada também passará a oferecer a vacina durante todo o ano.
O chamamento para seleção das entidades está previsto para ser publicado
no Diário Oficial do Distrito Federal em janeiro. Aquelas que
forem selecionadas ganharão um certificado e selo de parceiro da Saúde.
Com isso, a ideia é ampliar a cobertura da vacinação para 80%, meta
estabelecida pelo Ministério da Saúde. Em números absolutos, são 271.408
animais.
A estimativa é que o DF tenha 339.261 cães e gatos — 308.419 caninos e
30.842 felinos. Ao final do processo, a expectativa é aumentar de dez para 565
os locais de aplicação da dose.
O processo de descentralização ocorrerá em três etapas:
- 1ª:
de outubro de 2017 a abril de 2018
- 2ª:
de maio de 2018 a maio de 2019
- 3ª:
de junho de 2019 a maio de 2020
Transmissão da raiva para o ser humano
A raiva é causada pelo lyssavírus e ataca o sistema
nervoso dos mamíferos — primeiramente, o sistema nervoso periférico e, na fase
mais grave da doença, o central.
A transmissão se dá por meio da saliva e de secreções do animal
infectado, principalmente por arranhadura ou mordedura.
Para quem foi mordido, a orientação é lavar imediatamente o ferimento
com água e sabão em barra, procurar o centro de saúde mais próximo e comunicar
a situação por meio do Disque Saúde (160).
O animal com suspeita de raiva deverá ficar em observação por dez dias,
em local seguro, com água e comida.
Em seres humanos, o tempo entre a infecção e o aparecimento da doença
varia de 7 a 10 dias. Alguns dos sintomas são convulsão, febre baixa, perda de
função muscular, excitabilidade, agitação e ansiedade.
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RAQUEL FLORES